Brechó-Desejo

30/05/2017

Conheça a Troc, uma loja virtual que está conquistando o mercado vendendo roupas usadas de grifes mundiais e nacionais.

Sabe aquele scarpin Christian Labotin ou o vestido Valentino? Ou ainda a mala Louis Vitton dos sonhos, o vestido lindo Diane Von Furstenberg e o sapato Jimmy Choo? A alta moda torna-se mais acessível – e sustentável – com a Troc. A loja virtual de Curitiba que trabalha com grifes de luxo nasceu da pesquisa de um casal de brasileiros em alguns dos mais importantes polos de conhecimento do mundo. Os curitibanos Luanna e Henrique Domakoski estudavam em Harvard e no MIT, em Boston, quando se despertaram para um problema e uma ideia de negócio: “o que fazer com tantas roupas na mudança?”.

A questão acabou se transformando em um negócio on line. “E se criássemos um brechó para fazer a moda circular?”, conta Luanna, inspirada pela vivência que teve quando passou uma temporada na Finlândia e os móveis são deixados para outros moradores. “Lá não existe resíduo”, lembra. Inicialmente a empresa iria trabalhar com moda infantil, mas um professor de Luanna acabou fazendo-a a mudar de ideia, lembrando que no Brasil, como também ocorre nos Estados Unidos, as pessoas são inspiradas pelo consumo de objetos de desejo e a moda feminina também exerce esse fascínio.

Em dezembro de 2016, nascia a Troc, em uma sala de 30 metros quadrados em Curitiba, roupas de amigos e a vontade de fazer dar certo. “Em apenas um mês, vendemos R$ 10 mil”, comemora a empresária. Passados seis meses, a empresa já se transferiu para um galpão de 500 metros quadrados e conquista pedidos de Norte a Sul do Brasil.

Na Troc, as pessoas podem enviar suas roupas em consignação para venda e comprar artigos de luxo usados em ótimo estado. Algumas peças chegam a custar R$ 10 mil, como uma bolsa Chanel, já vendida pela loja. Mas as condições facilitadas em até doze vezes permitem que sejam adquiridas grifes que antes poderiam ser consideradas inatingíveis. “É uma forma de despertar as pessoas para um consumo mais consciente, mais sustentável, de se desapegar e investir no reuso, ao mesmo tempo em que sonhos de consumo se tornam mais acessíveis”, conclui Luanna.